Ano
2001
Autor
SIMÕES, Ricardo Japiassu
Grau
Doutorado
Orientador
GOTLIB, Nádia Battella
Páginas
397
Resumo
Nesta tese examino parte da produção do periodismo carioca, sobretudo da penúltima década do século XIX, quando aconteceu o escândalo do roubo das jóias da Imperatriz Teresa Cristina, em 1882, fato que abalou o Império. Indignados com a corrupção do Poder Judiciário e com a evidente impunidade dos acusados pelo crime das jóias da Imperatriz, periodistas e literatos iniciaram, por meio da imprensa da Corte, uma grande campanha contra a Monarquia brasileira, que incluía também a luta pela Abolição. Além da denúncia do roubo das jóias e da corrupção patente nas investigações, três jornais que circularam neste período publicaram folhetins, tendo o episódio do roubo como tema e a Família Imperial barsileira como personagens. Esta tese analisa o procedimento adotado pelos autores nos três romances folhetins aí publicados em 1882: As jóias da Coroa, Um roubo no Olimpo e A ponte do Catete, respectivamente escritos por Raul Pompéia, Artur Azevedo e José do Patrocínio. O primeiro foi publicado na Gazeta de Notícias; o segundo, na Gazetinha e o terceiro, na Gazeta da Tarde. A tese também compara tais ficções com as informações contidas nos periódicos. Essa leitura, examinando tais matérias jornalísticas, permite tecer conclusões a respeito desse conjunto ficcionalizado, sob a forma de notícias e romances. O roubo das jóias, assim atravessa o tempo e chega à contemporaneidade.
Tombo
5495N
Volumes
3
Departamento
Letras Clássicas e Vernáculas
Programa
Literatura Brasileira
Unidade USP
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas