Os Jesuítas e a Administração dos Índios por Particulares em São Paulo, no último quartel do século XVII

A presente dissertação trata da legalização, em fins do século XVII, da administração dos índios por particulares em São Paulo. Para tanto, os agentes históricos envolvidos com o fato são recuperados. Jesuítas, paulistas apreadores e a Coroa portuguesa têm algumas de suas atitudes recuperadas. Seguindo as orientações de um dos investigadores, a Companhia de Jesus aparece no episódio cindida. Uma facção jesuítica defende a idéia de que o índio deve permanecer tutelado à Companhia e divulga o ideal do missionário. A figura de centro deste grupo é Antônio Vieira. Na contrapartida, há a oposição vivida por um outro - grupo de jesuítas, chamados por Serafim Leite de "os estrangeiros". Neste grupo, alguns padres se destacam. O mais conhecido deles tornou-se Andreoni, o autor de Cultura e Opulência do Brasil. A facção anti-vierista apóia as intenções dos paulistas que, movidos por interesses econômicos, buscam a legalização de uma prática que, em São Paulo, já é, emfins do século XVII, antiga. A produção agrícola e, depois, a exploração do ouro condicionam as intenções de domínio da mão-de-obra índia.