Ser ou não ser natural, eis a questão clichês de emoção na tradução audiovisual

Ano
2000
Autor
ARAÚJO, Vera Lúcia Santiago
Grau
Doutorado
Orientador
TAGNIN, Stella Esther Ortweiler
Páginas
280
Resumo
Clichês ou fórmulas situacionais são as expressões que os falantes de determinada língua transformam em estereótipos e lugares-comuns com o uso recorrente. Essas expressões típicas da oralidade surgem com freqüência em filmes norte-americanos, trazendo dificuldades para os tradutores de filmes. Em um corpus de cinco filmes selecionados, a partir da temática do divórcio, foram encontrados mais de 250 chichês usados para expressar diferentes tipos de emoção: amor, alegria, ansiedade, compaixão, culpa, desgosto, raiva, surpresa e ironia. A tradução dos clichês foi analisada, levando em conta as restrições enfrentadas pelos tradutores. A análise não foi prescritiva, atendo-se basicamente à descrição das normas utilizadas pelos tradutores brasileiros na tradução dos clichês. Essa análise revelou cinco normas. A primeira refere-se à tradução dos clichês em inglês pelos seus correspondentes em português. Apesar de algumas traduções serem estranhas para o falante nativo do português do Brasil, na maioria dos casos os tradutores usaram clichês que aparecem em 'situações semelhantes à do inglês, para verter os clichês da língua de partida, produzindo, assim, expressões naturais em português. Entretanto, as outras normas mostram a ausência de naturalidade das traduções. A segunda refere-se à criação de expressões gramaticais, porém pouco naturais em português. A terceira apresenta a tradução usando expressões que não são tidas como clichês. A quarta expõe a suavização das palavras de baixo calão. A última refere-se à linguagem coloquial usada na dublagem, ao invés de uma variante mais culta usada na legendagem, bem distante da oralidade que se espera no diálogo de um filme. Clichês ou fórmulas situacionais são as expressões que os falantes de determinada língua transformam em estereótipos e lugares-comuns com o uso recorrente. Essas expressões típicas da oralidade surgem com freqüência em filmes norte-americanos, trazendo dificuldades para os tradutores de filmes. Em um corpus de cinco filmes selecionados, a partir da temática do divórcio, foram encontrados mais de 250 chichês usados para expressar diferentes tipos de emoção: amor, alegria, ansiedade, compaixão, culpa, desgosto, raiva, surpresa e ironia. A tradução dos clichês foi analisada, levando em conta as restrições enfrentadas pelos tradutores. A análise não foi prescritiva, atendo-se basicamente à descrição das normas utilizadas pelos tradutores brasileiros na tradução dos clichês. Essa análise revelou cinco normas. A primeira refere-se à tradução dos clichês em inglês pelos seus correspondentes em português. Apesar de algumas traduções serem estranhas para o falante nativo do português do Brasil, na maioria dos casos os tradutores usaram clichês que aparecem em 'situações semelhantes à do inglês, para verter os clichês da língua de partida, produzindo, assim, expressões naturais em português. Entretanto, as outras normas mostram a ausência de naturalidade das traduções. A segunda refere-se à criação de expressões gramaticais, porém pouco naturais em português. A terceira apresenta a tradução usando expressões que não são tidas como clichês. A quarta expõe a suavização das palavras de baixo calão. A última refere-se à linguagem coloquial usada na dublagem, ao invés de uma variante mais culta usada na legendagem, bem distante da oralidade que se espera no diálogo de um filme. Clichês ou fórmulas situacionais são as expressões que os falantes de determinada língua transformam em estereótipos e lugares-comuns com o uso recorrente. Essas expressões típicas da oralidade surgem com freqüência em filmes norte-americanos, trazendo dificuldades para os tradutores de filmes. Em um corpus de cinco filmes selecionados, a partir da temática do divórcio, foram encontrados mais de 250 chichês usados para expressar diferentes tipos de emoção: amor, alegria, ansiedade, compaixão, culpa, desgosto, raiva, surpresa e ironia. A tradução dos clichês foi analisada, levando em conta as restrições enfrentadas pelos tradutores. A análise não foi prescritiva, atendo-se basicamente à descrição das normas utilizadas pelos tradutores brasileiros na tradução dos clichês. Essa análise revelou cinco normas. A primeira refere-se à tradução dos clichês em inglês pelos seus correspondentes em português. Apesar de algumas traduções serem estranhas para o falante nativo do português do Brasil, na maioria dos casos os tradutores usaram clichês que aparecem em 'situações semelhantes à do inglês, para verter os clichês da língua de partida, produzindo, assim, expressões naturais em português. Entretanto, as outras normas mostram a ausência de naturalidade das traduções. A segunda refere-se à criação de expressões gramaticais, porém pouco naturais em português. A terceira apresenta a tradução usando expressões que não são tidas como clichês. A quarta expõe a suavização das palavras de baixo calão. A última refere-se à linguagem coloquial usada na dublagem, ao invés de uma variante mais culta usada na legendagem, bem distante da oralidade que se espera no diálogo de um filme.
Tombo
4821N
Volumes
1
Departamento
Letras Modernas
Programa
Estudos Lingüísticos e Literários em Inglês
Unidade USP
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas