Recupera os principais temas dos livros e artigos de Gustavo Barroso, escritos durante a existência do Partido Integralista, entre 1932 e 1937. Identifica o anti-semitismo e o mito da conspiração judaica mundial como temas centrais para a compreensão do pensamento de Barroso e sua concepção de História, segundo a qual tudo ocorreria pela ação do suposto complô, da descoberta do Brasil à independência de 1822. Situando as idéias integralistas no contexto do debate e dos projetos de nacionalização dos anos 30, mostra as idéias de Barroso como projeção da situação das classes médias nos anos 30, em ascenção social e aspirando a certas reformas modernizadoras, mas ao mesmo tempo subordinadas às oligarquias rurais. Examina como o anti-semitismo de Barroso, próximo ao nazismo alemão, estava ligado ao pensamento anti-industrialista expresso por setores das classes médias, que identificavam na indústria, na cidade e no estrangeiro uma ameaça ao domínio das oligarquias rurais. Analisa as diferenças entre os principais dirigentes integralistas, Barroso, Plínio Salgado e Miguel Reale, principalmente no que se refere ao anti-semitismo e a questão racial.